domingo, 11 de outubro de 2015

Série de fotos perturbadora retrata a vida de crianças selvagens




Você já deve ter ouvido alguma história sobre crianças criadas por animais. Muitas vezes, são bebês que se perderam ou foram abandonados pelas famílias desde muito cedo e adotados por animais selvagens. A fotógrafa Julia Fullerton-Batten, de origem inglesa e alemã, sempre teve uma curiosidade extra a respeito desses jovens que foram criados longe da sociedade.
Sua série recente de fotografias intitulada Feral Children (“Crianças Selvagens”, em tradução livre) recria alguns retratos perturbadores de crianças que se criaram em meio à selva. “Algumas das histórias sobre animais selvagens que dão assistência, de uma forma ou de outra, para crianças parecem incríveis para mim“, disse ela ao site Feature Shoot.
Vem conhecer algumas dessas histórias:
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Menina-Lobo, México Em 1845, uma menina foi vista correndo de quatro com uma matilha de lobos. Um ano mais tarde, ela foi vista com os lobos comendo uma cabra. Ela chegou a ser capturada, mas escapou. Em 1852, foi vista novamente amamentando dois filhotes de lobo, mas correu para a floresta e nunca mais a viram.
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Oxana Malaya, Ucrânia – Viveu com cães durante seis anos e foi encontrada em 1991. Seus pais eram alcoólatras e a haviam esquecido do lado de fora de casa uma noite, quando, com apenas três anos, ela buscou o calor dos cães que viviam no canil da fazenda. Aos oito anos, se comportava de maneira semelhante à de um cachorro e foi levada para terapia intensiva. Hoje, aos 30 anos, ela possui as habilidades de uma criança de cinco e cuida dos animais de uma clínica de terapia, em Odessa, com a ajuda de seus cuidadores.
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Shamdeo, Índia – Descoberto aos quatro anos em uma floresta brincando com lobos, Shamdeo tinha dentes afiados e unhas compridas em formato de gancho. Gostava de caçar galinhas, comer terra e de sangue. Após voltar à sociedade, nunca aprendeu a falar, mas foi capaz de desenvolver uma linguagem de sinais.
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Prava (O Menino Pássaro), Rússia, 2008 – Encontrado aos 7 anos vivendo com sua mãe, porém trancado em um quarto pequeno com dezenas de aves. Embora nunca tenha aprendido a falar, era capaz de gorjear e, quando não é compreendido, balança os braços e as mãos como um pássaro.
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Marina Chapman, Columbia – Sequestrada aos cinco anos, foi deixada pelos sequestradores na selva e viveu com uma família de macacos-prego por mais cinco anos até ser encontrada por caçadores que a venderam para um bordel. Eram os macacos que a alimentavam e a ensinaram a subir em árvores. Ao ser encontrada, ela havia perdido a linguagem completamente. Depois de escapar do bordel, foi viver nas ruas, chegou a ser escravizada e finalmente acabou sendo adotada por uma família. Hoje vive uma vida normal, está casada e tem filhos, além de ter lançado um livro sobre a experiência.
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Madina, Rússia – Viveu com cães até completar três anos. Quando foi encontrada por um assistente social, em 2013, estava nua, andava de quatro e rosnava. Sua mãe era alcoólatra e deixava a filha brincando e comendo o mesmo alimentos que os cães. Hoje, Madina se recupera e pode vir a levar uma vida normal uma vez que tenha aprendido a se comunicar como uma criança de sua idade.
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Genie, Estados Unidos – Seu pai achava que ela era retardada e a deixou confinada durante mais de 10 anos, sentada em um banco em um quarto fechado da casa. Aos 13 anos, foi levada a assistentes sociais, que perceberam que ela não emitia nenhum som e se arranhava frequentemente. Após tratamento, foi capaz de desenvolver uma linguagem e comportamentos sociais limitados.
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The Leopard Boy, Índia – Aos dois anos, foi levado por um leopardo, com quem viveu até os cinco. Quando um caçador matou o animal e encontrou-o, levou o garoto de volta à família. Seu comportamento era semelhante ao de um animal: andava de quatro e soltava grunhidos e rosnados. Depois de algum tempo, aprendeu a falar e a caminhar ereto.
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Sujit Kumar Menino Galinha, Fiji – Seus pais o mantinham trancado em um galinheiro. Aos oito anos, foi encontrado cacarejando e ciscando numa estrada. Após ser levado a um lar de idosos, passou mais de 20 anos amarrado em uma cama devido à sua agressividade. Hoje, com mais de 30 anos, foi resgatado e recebe cuidados de uma senhora.
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Kamala e Amala, Índia – Kamala, com 8, e Amala, com 12 anos, foram encontradas por um padre vivendo na cova de um lobo. Após serem resgatadas, elas dormiam juntas, uivavam e não comiam nada a não ser carne crua. Apesar de não terem interesse em interagir com outros humanos, possuíam uma visão, audição e olfato fora do comum. Amala morreu um ano após ser capturada e Kamala viveu até os 17 anos, quando faleceu de insuficiência renal.
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Ivan Mishukov, Rússia – Após ser abusado por sua família, fugiu de casa aos 4 anos, quando desenvolveu uma relação com uma matilha de cães. Algum tempo depois, chegava a ser considerado como uma espécie de líder da matilha. Como passou apenas dois anos nessa condição, até ser encaminhado a um abrigo para crianças, Ivan hoje vive uma vida normal.
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Marie Angelique Memmie Le Blanc (A Menina Selvagem de Champagne), França – Por 10 anos, ela caminhou milhares de quilômetros sozinha pela selva francesa, onde comeu pássaros, sapos e peixes, folhas, ramos e raízes. Foi capturada aos 19 anos, quando era capaz apenas de emitir gritos e guinchos. Mas, após o período, teve diversos patronos ricos, com quem aprendeu a ler, escrever e falar, tendo vivido uma vida normal até os 63 anos.
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John Ssebunya (O Menino Macaco), Uganda – Após ver o pai assassinar a mãe, aos três anos, John fugiu de casa e foi parar na selva, onde viveu com os macacos durante três anos. Sua dieta consistia principalmente de raízes, nozes, batata doce e mandioca e ele tinha desenvolvido um caso grave de vermes intestinais, com mais de meio metro de comprimento. Depois desse período, sua voz fina permitiu que ele se tornasse cantor no Reino Unido.
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Victor (O Menino Selvagem de Aveyron), França – Encontrado na mata ao sul da França em 1800, ele foi preso, com cerca de 12 anos de idade. Seu corpo era coberto de cicatrizes e ele não sabia falar. Acredita-se que ele tenha passado 7 anos como uma criança selvagem e, mesmo que pudesse saber falar antes disso, nunca retomou a linguagem.

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